O córrego Serelep, ligado ao distrito industrial de Leme (SP) está apresentando problemas de despejo irregular de detritos feitos pelas indústrias próximas. O cheiro forte e o aspecto da água estão gerando incômodo para os moradores de diversos bairros.
Nas margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), o cheiro ruim já começa a propagar no ar e, abaixo na galeria de água pluvial, há sujeira despejada no córrego. Enquanto o duto maior, que recebe água da chuva, apresenta um aspecto de água pura e transparente. O cano de plástico oferece a saída de um líquido escuro. Seguindo o percurso, a água começa a escurecer e chega a ficar completamente preta, apresentando óleo na superfície.
Bairros afetados
A aparência e o odor do córrego afeta os bairros Jardim Selerep, Isabel Cristina, Santa Marta, Francisco Coelho, Imperial 01 e Jardim Empyreo. Para o segurança João Augusto da Silva Filho, a situação é preocupante e causa tristeza. “Infelizmente, todo mundo está vendo o que está ocorrendo aqui em Leme, acontece direto”, disse.
O bairro Jardim Serelep, que leva o nome do rio, é o mais prejudicado pela poluição. “Tem gente que estava passando mal por causa do cheiro forte, ia para o hospital, e mesmo assim ninguém fez nada. O cheiro e horrível, ninguém aguenta”, relatou a moradora Lucineia Aparecida Lopes.
Saecil
Segundo a Superintendência de Água e Esgoto (Saecil) da cidade, uma análise das amostras do córrego foi realizada e o PH indicou que a presença dos produtos químicos está dentro do permitido. “Na análise não foi encontrado nenhum produto químico prejudicial à saúde e ao meio ambiente, está tudo normal”, explicou Ricardo Moragui, diretor da Saecil.
Para a Saecil, a responsável pelo despejo é uma fábrica de refrigerantes que têm estação própria de tratamento. A empresa foi notificada e precisa melhorar a situação do esgoto industrial que cai no córrego em até 30 dias, caso contrário, a firma será fechada.