A Prefeitura de Sumaré (SP) descumpriu um acordo feito na Justiça que previa a entrega de três novas estações de tratamento de esgoto até fevereiro deste ano. Desde então, a administração paga multas e tenta repassar o problema.
Atualmente, apenas 14% do resíduo do município é tratado, o restante é despejado diretamente no Ribeirão Quilombo.
Para resolver o problema do esgoto a céu aberto, a prefeitura contratou uma concessionária para fazer o tratamento dos resíduos. A empresa Odebrecht Ambiental tem até 2028 para tratar todo o esgoto.
Verba
No entanto, para fazer a concessão, a prefeitura exigiu R$ 91 milhões, dos quais já foram pagos R$ 45,5 milhões. Mas, ao invés de aplicar no tratamento de resíduos, a administração usou o dinheiro para asfaltar a cidade.
Para evitar que a outra parte também não seja aplicada no tratamento de esgoto, o Ministério Público pediu o bloqueio da verba restante, alegando ser “imoral” realizar investimentos que não sejam para a preservação do meio ambiente.
A Prefeitura recorreu, mas enquanto novas decisões não são tomadas nem obras feitas, os moradores convivem com os prejuízos.
“Tem muita barata, rato. Fica até constrangedor a gente receber uma visita com esse mau cheiro”, conta a dona de casa Maria Cristina Julião, moradora do Jardim Basilicata.