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Sistema de captação de água da chuva deve ajudar agricultores

Com o clima semiárido, agricultores da região do Vale do São Francisco precisam adotadas várias alternativas de convivência com a seca. Uma delas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa semiárido) já testou é um sistema de captação de água da chuva com baixo custo.
O agricultor Genival Ferreira mora na região de Jatobá, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ele conta que preparou o terreno para plantação, mas faltou água, há quatro anos não chove forte na região. Mônica Narcisa também agricultora e passa pelo mesmo problema. “Perdemos tudo que nós tínhamos investido, goiaba, coco, manga”.
A presidente da Associação dos agricultores do assentamento Uelson Maciel, Maria Cícera Barbosa, tenta estimar o prejuízo com a estiagem. “Dá mais de 500 mil de perca. São 25 parceleiros e todos plantaram”, conta.
Petrolina é um dos 126 municípios pernambucanos que decretaram estado de emergência por causa da seca. Para ajudar os produtores a conviver com a seca e produzir no semiárido, a Embrapa desenvolveu uma pesquisa na área cujo resultado foi uma espécie de sistema de irrigação que otimiza o aproveitamento da água das chuvas.
A pesquisadora Luiza Teixeira de Lima explica que o sistema possibilita um quintal produtivo. Em uma área experimental na Embrapa Semiárido é possível produzir limão, laranja, acerola e manga. Tudo a partir do monitoramento da quantidade de água colocada em cada planta é feito de forma bem simples. “A chuva precipita na área de captação e ela é canalizada para dentro da cisterna. O uso dessa água se dá a partir do momento que você pode levar essa água para uma caixa d´água, com altura por volta de 2 metros, para formar uma carga hidráulica e essa água é aplicada nas culturas por gravidade, com um sistema de mangueira e um gotejador localizado próximo ao caule da planta”, destaca.
Um grupo do estado da Paraíba esteve em Petrolina para conhecer o sistema. “Tecnologias aplicadas a convivência com a seca foi isso quer nós viemos buscar”, relata o engenheiro agrônomo, Roberto Vital.
De acordo com os cálculos dos pesquisadores, há um uso de mil litros de água por semana. seguindo essa conta, os 52 mil litros que podem ser armazenados na cisterna garantem a produção durante todo o ano. “A aplicação da água se dá em função do período das chuvas , quando chove 8 a 10 mm, a gente suspende a aplicação de água e essa água fica guardada no reservatório paraserem aplicadas em um período que não tenha chuvas. O que precisa é a gente ter meios para armazenar essa água para utilizar essa água para o consumo humano, animal e produção de fruta”, relata Luiza.

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