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Aproveitamento da água da chuva por telhados é alvo de estudo em Caruaru

A crise hídrica que vem assombrando o estado de São Paulo está longe de ser uma novidade para os habitantes das cidades localizadas no semiárido nordestino. Pernambuco, que possui 122 municípios inseridos nessa região, é o estado brasileiro que apresenta a menor disponibilidade hídrica – segundo dados da Agência Nacional de Águas referente ao ano de 2011. Além de sofrer com a escassez de água, os habitantes dessa região, notadamente os do Agreste e Sertão, enfrentam ainda problemas de qualidade das águas subterrâneas. Por apresentarem elevados teores de sais, elas são impróprias tanto para a irrigação como para o consumo humano.

Foi neste cenário que Maria Mariah Monteiro de Farias realizou o estudo “Aproveitamento de águas de chuva por telhados: aspectos quantitativos e qualitativos”. Tendo como foco as cidades do Agreste pernambucano, a pesquisadora foi a campo para avaliar a possibilidade de aproveitamento da água proveniente das chuvas por meio da captação através do telhado das residências.

“O volume anual de chuva, se aproveitado e armazenado corretamente, representa pelo menos 25% do volume ofertado pela companhia de abastecimento nesta região. Em alguns municípios, esse percentual chega a 90%, o que significa praticamente dobrar a oferta de água disponível para a população”, revela Mariah. “Os ganhos [com a aplicação da técnica] estão relacionados principalmente ao aumento da disponibilidade quantitativa. Em situações de escassez, períodos extensos de racionamento e distribuição irregular de água pela companhia de abastecimento, ter uma alternativa como esta em casa pode fazer a diferença”, avalia a pesquisadora.

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