Se você não caiu por aqui de para-quedas, certamente está ciente da crise hídrica que vivemos no país. Se até pouco tempo atrás muita gente imaginava que a possibilidade de ficarmos sem água era bastante remota, agora o medo é grande. O assunto é debatido quase que diariamente no Brasil. Nos últimos 50 anos, o aumento de retirada da água da natureza triplicou. E se continuarmos sem tomar atitudes drásticas, a previsão é que quase metade da população mundial viverá em condições de alto estresse hídrico até 2030!
Se da necessidade, o homem descobriu o fogo e mudou completamente o futuro da espécie, agora um grande gênio apresenta uma solução para transformar lixo e dejetos humanos – sim, cocô – em água potável. A promissora e, quem sabe, revolucionária máquina de Bill Gates já está em fase de testes em Dakar, no Senegal, onde 1 milhão e 200 mil pessoas não têm saneamento básico e condições precárias de higiene.
O processo do equipamento é surpreendentemente rápido. Em poucos minutos, a máquina – batizada de Janicki OmniProcessor – recolhe grandes quantidades de dejetos e transforma tudo em água; pura e cristalina. Com o material produzido em uma comunidade de 100 mil pessoas, a máquina libera 86 mil litros de água e 250 kilowatts de eletricidade diariamente.
A ideia do fundador da Microsoft não é só resolver o problema da água em países mais pobres, mas também reduzir os gastos em países em desenvolvimento e melhorar a saúde desses lugares, uma vez que boa parte das doenças é causada pelo consumo de água suja. Mas e você, confiaria em Bill Gates e beberia água que até poucos minutos atrás eram fezes? É difícil dizer assim de imediato, mas voltando à discussão da crise hídrica que vivemos e se tratando de uma invenção de alguém tão confiável quanto Bill Gates…quem sabe, né?